tentando ser zen

porque seria hipocrisia dizer que é fácil manter a cabeça no lugar

Sobre o meu sonho de viajar para a Índia

Sobre o meu sonho de viajar para a Índia
Taj Mahal Palace, Mumbai.

Desde 2013 eu sonhava em vir para a Índia. Sei que é um país exótico, mas eu sempre tive umas vontades meio diferentes em relação a turismo: minha primeira viagem internacional foi para o Peru, a próxima foi um intercâmbio voluntário no Egito e a terceira foi quando eu fiz um mochilão sozinha pela Bolívia e Argentina durante 3 meses.

Sempre tive a ideia de que, enquanto jovem, eu iria para lugares mais pesados, que exigissem mais do meu corpo, e depois eu pensaria em fazer viagens mais tranquilas. Eu sempre tive a consciência de que, um dia, meu corpo não seria tão resistente quanto ele é hoje.

Com o tempo, percebi que eu gosto de viajar por mais tempo, com mais calma, aproveitando mais os lugares e as pessoas, podendo sentir a cultura em sua simplicidade, por isso, a minha lista de países visitados não é extensa.

Qutub Minar, New Delhi.

A minha vontade de vir para a Índia nasceu após eu começar a praticar Yoga, não só porque eu amava praticar Yoga, mas porque todas as pessoas que eu conheci e que tinham visitado, falavam com um brilho nos olhos impressionante. Professores, alunos, viajantes. A Índia parecia um mundo alternativo e eu queria ver com meus próprios olhos. Nunca gostei da ideia de levar como verdade algo que eu nunca tinha experienciado. Por isso, desde 2013 eu tinha na cabeça a ideia de que eu iria para a Índia.

A princípio, o plano era ir em 2015, após me formar na faculdade, mas eu ganhava muito pouco com meu estágio e não tive dinheiro suficiente, então com o dinheiro que eu tinha, eu fui fazer o mochilão na Bolívia e Argentina (com direito a uma passadinha rápida no Chile).

Quando voltei da Bolívia, no fim de 2015, comecei a trabalhar e decidi que gostaria de fazer um curso para ser Instrutora de Yoga. Fiquei um ano pesquisando cursos, falando com meus professores, meditando na ideia se eu gostaria mesmo de ser professora ou se gostava apenas de dar aulas e cheguei à conclusão de que eu queria levar o Yoga como profissão, pois eu também já não suportava a ideia de ter que viver em um escritório boa parte da minha vida.

Sendo assim, em 2017 eu me matriculei em um curso de Hatha Yoga & Yogaterapia de 2 anos de duração. Escolhi um curso longo porque eu queria ter bastante tempo para estudar e ir me preparando para dar aulas. Para mim, o mais importante sempre foi aprender, e não ter um certificado rápido.

Qutub Minar, New Delhi.

Quando entrei no curso, decidi que após terminá-lo, eu iria para a Índia, mas como eu pagava o curso, ficava difícil de juntar dinheiro. Mesmo assim, todo mês, sem falta eu juntava algum dinheiro, pesquisava passagens, roteiros, tudo. Quando terminei o curso, eu tinha um bom dinheiro, mas ainda não era o suficiente, então decidi trabalhar por mais alguns meses. Afinal, eu não queria apenas passar férias na Índia, eu iria apenas com a passagem de ida e com um planejamento financeiro estabelecido.

Eu decidi que iria no primeiro semestre de 2019, porque se deixasse para o segundo, ficaria muito longe da data de formação do curso, então eu fui atrás da passagem e simplesmente todos os dias eu fazia pesquisas, até finalmente encontrar uma que fosse boa para mim. Durante esse tempo, eu estava em contato com uma escola de Yoga para fazer trabalho voluntário por 4 meses, e eles me aceitaram (sobre essa saga, eu conto depois).

Eu conversei com meu chefe do trabalho, avisei que eu iria para a Índia, organizamos meu aviso prévio, e o destino me ajudou: de repente, houve uma mudança no meu projeto e eles precisariam realocar os funcionários, então como meu chefe já sabia que eu ia embora, ele optou por me desligar! Foi uma super notícia que eu não esperava, porque ser demitida significaria que eu receberia o meu fundo de garantia e seguro desemprego, sendo uma grana extra muito bem vinda para alguém que iria mochilar sem data para voltar.

Quando percebi, o meu sonho estava se realizando. Antes a data da viagem estava muito longe, parecia uma eternidade, às vezes eu até me esquecia.

Meu namorado me ajudou a criar uma planilha no excel muito maravilhosa, porque eu não gosto de aplicativos, sou old school mesmo! Tirei visto, comprei os equipamentos, de uma hora para a outra, o tempo estava correndo muito rapidamente! Nessa mesma época eu lancei o Tentando Ser Zen, porque seria o meu novo projeto de vida.

De repente, o dia 8 de maio de 2019 chegou e eu estava com meus pais no aeroporto me despedindo para embarcar no meu sonho. E que sonho. Anos planejando, sonhando… Sonhar é muito bom, mas não tem nada melhor do que poder realizar os sonhos!

Hoje, escrevo no meu quarto simples em Lonavala, faz 34ºC no Instituto de Yoga que também sonhava em conhecer. Foi uma aventura chegar até aqui, não foi fácil, eu tive muitos obstáculos no caminho, e eles são dignos de um outro post.

Kaivalyadhama Yoga Institute, Lonavla.

Se você leu até aqui, pode ser que você também queira vir para a Índia ou queira realizar algum sonho. E eu te digo: não desista! Não é fácil conquistar sonhos, se fosse, eles não teriam esse nome. É possível, mas é necessário planejamento e muita resiliência. Te garanto que vale a pena cada perrengue, cada noite em claro e cada centavo gasto!

Obrigada por ler o post e te peço para continuar comigo porque eu vou te falar mais detalhes sobre essa jornada para te ajudar a conquistar os seus sonhos também!

Namastê,

Mila.

2 comentários sobre “Sobre o meu sonho de viajar para a Índia

  1. Uma história inspiradora!

    Parabéns por todo o trabalho. Você escreve de uma maneira muito fluida e interessante: nos prende em seus relatos.

    Continue assim!

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